Entre os movimentos ágeis e precisos do jiu-jítsu, os sonhos ganham vida sobre o tatame montado na área externa do 3º Batalhão da Polícia Militar do Acre (PMAC), em Rio Branco. Mais do que faixas, quimonos e ensinamentos da arte marcial, jovens compartilham esperanças e, com o apoio da corporação, alimentam anseios para suas vidas.
Em dias alternados, crianças e jovens, orientados pelo mestre, sargento Ricardo dos Santos, reúnem-se para aprender a técnica da modalidade e são acompanhados pelos policiais no projeto Força e Honra.
Para integrar o grupo, é obrigatório estar bem na escola e em casa. Muitos pais acompanham as aulas e também têm no batalhão um aliado na educação desses jovens de bairros periféricos da capital.
Quem participa relata o impacto social da ação em sua realidade, espelhando-se em seu mestre para dar continuidade a uma perspectiva que tem mudado vidas.
As medalhas já não cabem todas no pescoço de Guthery Wally Leite, de 18 anos e há sete no projeto, faixa roxa na modalidade, o que simboliza um domínio mais avançado da arte marcial. Tudo o que o jovem sabe hoje a respeito aprendeu no programa coordenado pelos policiais do batalhão. Já no ensino superior, cursa educação física e sonha em se dedicar ao esporte. Mas nem sempre foi assim.
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