Em alinhamento com a operação nacional “Caminhos Seguros”, promovida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Polícia Civil do Acre (PCAC) deu um passo decisivo no enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes. Nesta segunda-feira, 5, a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima (DECAV) passou a contar com reforço na equipe, incluindo uma delegada, uma escrivã e quatro agentes de polícia.
O reforço visa acelerar o cumprimento de mandados, oitivas, elaboração de relatórios finais e outras diligências fundamentais para a conclusão de inquéritos em andamento.
Além do incremento operacional, a PCAC iniciou a distribuição de materiais gráficos voltados à conscientização e acolhimento. Uma cartilha educativa voltada a crianças vítimas e seus familiares está sendo disseminada, com orientações sobre os direitos das vítimas e os trâmites legais. Também foram entregues desenhos para colorir, como uma abordagem lúdica e sensível para confortar as crianças em situação de vulnerabilidade.
“A operação “Caminhos Seguro” representa um esforço concentrado em todo o país para proteger nossas crianças e adolescentes. No Acre, estamos atuando de forma integrada e intensificada para garantir que as vítimas recebam o apoio necessário e que os agressores sejam responsabilizados. O reforço na DECAV e a distribuição de material informativo são ações concretas que visam dar mais celeridade às investigações e oferecer um acolhimento mais humanizado às vítimas e suas famílias. É fundamental que a sociedade se una a nós nessa luta, denunciando qualquer forma de violência”, enfatizou a delegada Juliana De Angelis.
A Operação Caminhos Seguro, que teve início no dia 30 de abril e segue até 30 de maio, já apresenta resultados no estado. Dois mandados de prisão foram cumpridos, ambos relacionados a crimes de violência sexual contra menores.
O primeiro caso resultou na prisão de um homem de 52 anos no bairro Aeroporto Velho, em Rio Branco. Ele foi condenado por estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição de adolescente. A vítima, uma menina de apenas 13 anos, era sua sobrinha-neta, o que evidencia o uso da relação familiar como instrumento de confiança para cometer os abusos.
Esses casos reforçam o compromisso da Polícia Civil do Acre em intensificar ações de combate à violência infantil e proteger os mais vulneráveis. Com a atuação conjunta de diferentes setores e o fortalecimento das equipes especializadas, a PCAC reafirma sua missão de garantir justiça, acolhimento e segurança para as crianças e adolescentes do estado.
A operação continua até o final de maio e novas ações estão previstas, tanto no campo investigativo quanto nas atividades de conscientização e prevenção.
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