A deputada federal Antônia Lúcia (Republicanos-AC) foi condenada por atos de improbidade administrativa relacionados ao uso indevido de recursos públicos. A decisão, proferida pela juíza Luzia Farias da Silva Mendonça na última quinta-feira (8), determina a cassação de seu mandato, a suspensão de seus direitos políticos por oito anos, além da proibição de firmar contratos com o poder público pelo período de dez anos. Ela também deverá pagar multa de R$ 87.434,09, valor correspondente ao prejuízo causado aos cofres públicos, com correção monetária e juros desde a data do ilícito.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), entre fevereiro de 2011 e janeiro de 2012, a parlamentar nomeou seu cunhado, Antônio Marcos Correa da Silva, como assessor, embora ele não exercesse as funções do cargo. Os salários pagos a ele teriam sido repassados integralmente a Antônia Lúcia por meio de sua irmã, Lucineide da Cruz Ramos.
A defesa da deputada tentou anular a ação alegando prescrição, invalidez do inquérito civil e má-fé do MPF, mas todos os argumentos foram rejeitados pela Justiça, que deu prosseguimento ao processo e acolheu a denúncia.
Esta não é a primeira vez que a deputada enfrenta acusações. Em julho de 2024, ela e sua filha, Milena Ramos Câmara de Godoy, também foram condenadas por improbidade por utilizar verba pública para pagar um funcionário particular. Ambas tiveram os direitos políticos suspensos por dez anos e foram multadas pelo valor integral pago ao servidor.
Antônia Lúcia, economista, missionária e bispa da Igreja Assembleia de Deus do Brasil, já havia exercido mandato entre 2011 e 2015 e foi reeleita em 2022. Sua condenação reforça a importância da transparência e da responsabilização de autoridades que violam a confiança pública.
Mín. 21° Máx. 28°