A crise de combustíveis na Bolívia tem provocado reflexos no Acre, especialmente nas cidades fronteiriças. Desde a última segunda-feira (2), os postos de combustíveis de Brasiléia e Epitaciolândia registram aumento no movimento, impulsionado pela chegada de bolivianos em busca de abastecimento. Moradores de Cobija, cidade boliviana vizinha, estão atravessando a fronteira para encher os tanques no lado brasileiro.
A Bolívia enfrenta uma grave crise econômica, considerada a pior desde a recessão global. A escassez de combustíveis e de dólares agravou a situação, com impacto direto na produção, exportação de energia e estabilidade política. O país, mesmo sendo produtor de gás natural e grãos, lida com queda nas reservas internacionais e paralisações que alimentam o descontentamento social.
Na quarta-feira (4), milhares de motoristas do transporte coletivo tomaram as ruas de La Paz em protesto contra a falta de combustíveis e a crise cambial. As longas filas nos postos de gasolina tornaram-se rotina nas últimas semanas, aumentando a tensão social no país.
Diante do agravamento da situação, o presidente Luis Arce se pronunciou em 23 de maio, afirmando que o governo estava implementando medidas para resolver a escassez de combustível. Apesar disso, os relatos de filas extensas continuam a surgir diariamente.
No Brasil, a Prefeitura de Brasiléia garantiu que o fornecimento está normalizado e sob acompanhamento constante. A gestão municipal informou ainda que, se necessário, acionará os órgãos competentes para tratar da situação.
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